sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Meu filho não come nada


            Será mesmo? Não se desespere, pode ser apenas uma fase. Sim, pode ser uma fase que muitas crianças passam. Por volta dos 18 a 36 meses, as crianças começam a comer menos do que estavam habituados ou até mesmo rejeitam determinados alimentos. Até o primeiro ano de vida a criança praticamente triplica seu peso e dobra sua altura, nesta fase ela necessita de muitos nutrientes para dar conta de tantas mudanças, após esse período é natural que a criança diminua seu apetite. Primeiro, porque não há tanta necessidade, pois seu peso e altura não aumentam tão bruscamente, e segundo, a criança está descobrindo o mundo ao seu redor, ela deixou de ficar somente no colo da mãe, a cada dia ela descobre algo novo. Ela quer viver esse momento de descobertas, e a alimentação acaba ficando em segundo plano.

            Porém, se a recusa permanecer por vários meses seguidos, é necessário procurar o pediatra para descartar causas orgânicas, como por exemplo: infecção, carência nutricional, problemas de deglutição. Se a parte fisiológica estiver tudo ok, o problema pode ser comportamental, e a investigação necessita ser feita por um Psicólogo.

Algumas dicas para esse momento.

Ø  Faça um diário alimentar, com horários, quantidades e o que comeu.

Ø  Não disfarçar os alimentos, para que a criança saiba o que está comendo, favorecendo o aprendizado e a identificação de texturas e sabores.

Ø  É importante evitar distrações durante as refeições, portanto, não deixe a TV ligada.

Ø  Não adianta deixar aquele pote de biscoitos em uma prateleira alta, se estiver ao alcance dos olhos da criança. Tudo o que é “proibido” só aumenta a curiosidade, a ansiedade e o desejo.

Ø  Sirva o alimento que está causando problema em diversas ocasiões, mesmo que a criança recuse.

Ø  Para as crianças que ingerem grandes quantidades de leite, deve-se diminuir o volume e a freqüência, uma vez que líquidos suprem a sensação de fome.

Ø  Não faça ameaças para que a criança coma, isso poderá gerar grande ansiedade na criança ou fazê-la associar comer, com medo de ser punida. E muito menos ofereça recompensa se ela comer.

Ø  Misturar alimentos não é bater tudo junto em uma pasta sem cor nem gosto definido. É importante deixar a criança entrar em contato com sabores variados e aprender a diferenciá-los.

Ø  Sirva porções pequenas, até para dar oportunidade de a criança pedir mais, se quiser, porque gostou ou porque ainda está com fome.

Ø  Não ofereça outro alimento para compensar o que ele não quis, ele precisa comer o que tem no momento.

Ø  Por fim, seja firme com a criança, sem ser rígida, afinal o momento de se alimentar deve ser prazeroso e não angustiante.

"A nossa mais elevada tarefa deve ser a de formar seres humanos livres que sejam capazes de, por si mesmos, encontrar propósito e direção para suas vidas” Rudolf Steiner.

EliS


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